quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Varejo do ABC fatura mais que 14 estados brasileiros

Da Redação

O comércio varejista da região do ABC, formada por sete municípios, faturou R$ 28,9 bilhões em 2014, quinta posição entre as 16 regiões paulistas e com participação de 5,6% no total do varejo no estado de São Paulo (R$ 512,8 bilhões). O valor é mais que cinco vezes a receita do estado de Rondônia no mesmo segmento, e supera a receita de 14 estados brasileiros. Os dados são de um estudo elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se o ABC fosse um estado brasileiro, o faturamento do varejo seria maior do que os valores registrados no Maranhão (R$ 26,5 bilhões), Mato Grosso do Sul (R$ 26,4 bilhões), Rio Grande do Norte (R$ 22,2 bilhões), Pará (R$ 21,7 bilhões) e de outros dez estados.

Região faturou R$ 28,9 bilhões em 2014 | Foto: Marcelo Camargo/AgBr

O varejo da região empregava 134.634 pessoas em 2014, número superior ao de 13 estados brasileiros e o sexto maior entre as 16 regiões analisadas.

O total de rendimentos pagos foi de R$ 2,5 bilhões, quantia maior do que a de 14 estados e a quarta maior entre as 16 regiões, sendo 10,8% maior que a média do estado. A remuneração média mensal dos funcionários do varejo da região do ABC foi de R$ 1.527,29, renda superior a de 27 estados brasileiros e 26,6% maior do que a média nacional que é de R$ 1.206,70.

Varejo paulista

O faturamento do comércio varejista do estado de São Paulo, composto por 645 municípios, atingiu R$ 512,8 bilhões em 2014 - o maior do País e que corresponde a 30% do total do varejo nacional. Os números demonstram o tamanho e a importância do varejo paulista para a economia nacional, sendo a região com maior concentração de oportunidades de emprego e geração de renda. 

Em 2014, o varejo paulista empregava 2.512.855 pessoas - 2,5 vezes maior que o número de pessoas ocupadas no varejo de Minas Gerais e o equivalente às regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte juntas. O total de rendimentos pagos foi de R$ 45,5 bilhões, quantia maior do que a soma de 22 estados e 3,6 vezes o total do estado mineiro, segundo colocado no quesito. 

A remuneração média mensal é de R$ 1.508,16 - superior a todos os outros estados brasileiros e 25% maior do que a média nacional de R$ 1.206,70. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a economia diversificada e rica faz do estado de São Paulo independente de setores específicos, que são sujeitos aos altos e baixos das crises. A produção paulista exporta desde soja até aviões, ou seja, a economia local não fica refém de uma só atividade, justificando o protagonismo do Estado no cenário nacional e internacional. 

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, os maiores faturamentos foram registrados na capital (R$ 160,4 bilhões), em Campinas (R$ 50,5 bilhões), Osasco (R$ 48,8 bilhões) e Ribeirão Preto (R$ 29,7 bilhões). Já as regiões de Presidente Prudente (R$ 7,4 bilhões), Araçatuba (R$ 7,7 bilhões), Marília (R$ 9,8 bilhões) e Araraquara (R$ 13,6 bilhões) apresentaram os menores faturamentos do varejo no Estado.

Outro ponto que merece destaque, de acordo com a entidade, é que cada uma das 16 regiões do Estado também detêm a riqueza e diversidade característica do varejo paulista, não sendo dependentes da capital. Se as 16 regiões selecionadas fossem estados, seriam mais ricas que pelo menos dois estados brasileiros e nenhuma delas amargaria o último lugar do ranking nacional.



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