sexta-feira, 10 de março de 2017

Pesquisa aponta desigualdade de gênero na liderança das empresas

Da redação 

A grande maioria das mulheres (77%) acredita que a quantidade de homens e mulheres na liderança das empresas não é equilibrada. No geral, elas consideram que as oportunidades de crescimento na carreira não são equivalentes para homens e mulheres: 75% apontaram que os níveis de remuneração para um mesmo job description e responsabilidades não são equivalentes entre os gêneros e 64% acreditam também que o esforço necessário para se atingir altos níveis de cargos de liderança não é equivalente. Os números são do levantamento realizado pela Saint Paul Escola de Negócios, referência nacional em educação executiva, com 146 executivas na semana do Dia Internacional da Mulher.

Quando questionadas sobre “Educação e Carreira”, 59% das mulheres entrevistadas acreditam que para alcançar níveis similares de desenvolvimento precisam estudar mais do que os homens, conforme comenta a responsável pelo estudo e Coordenadora Acadêmica e de Pesquisa da Saint Paul Escola de Negócios, Bruna Losada.   

“Cerca de 73% das respondentes possuem pós-graduação latu ou stricto sensu. Apenas 3% não têm curso superior completo. Esse é um forte indício da importância atribuída à educação formal. 95% das mulheres respondentes acreditam que a educação é importante para o seu desenvolvimento na carreira. Além disso, 79% delas acreditam seja importante à existência de programas de educação formal voltados à mulher executiva, que leve em consideração as especificidades e empecilhos na carreira feminina”, destaca Bruna. 

Na opinião das entrevistada, os fatores mais valorizados para a evolução na carreira são afinidades pessoais e relacionamento interpessoal, conhecimento sobre o negócio, desempenho, competência técnica. Os fatores menos valorizados são tempo na empresa e idade. Um ponto de atenção foi em relação ao assédio: 63% das mulheres indicaram que já sofreram algum tipo de assédio moral, violência física, ou psicológica relacionado a gênero que limitasse o seu crescimento profissional.

No que se refere ao empoderamento, 55% das respondentes têm a percepção de que o nível de empoderamento de homens e mulheres é similar nas organizações. "35% acreditam que esse nível é desigual. Enquanto 10% das respondentes apresentam respostas neutras a esse respeito. Observa-se assim, uma maior falta de consenso entre as respondentes nesse quesito. O empoderamento definido na pesquisa se refere a: igualdade na relevância das opiniões por superiores, pares e liderados; autonomia na tomada de decisões; inclusão na alta administração; incentivos para o desenvolvimento de competências de liderança”, ressalta a coordenadora. 

Pefil das entrevistadas 
· Amostra: 146 mulheres executivas.
· 61% delas entre 30 e 50 anos de idade; 32% delas com até 30 anos e; 7% com mais de 50 anos de idade.
· 47% casadas, 44% solteiras, 9% divorciadas.
· 46% com renda mensal até 10 salários mínimos; 33% entre 11 e 20 salários mínimos e; 21% acima de 21 salários mínimos.
· 83% das mulheres casadas contribuem com 25% a 75% da renda de suas famílias. 13% contribuem com 100% da renda familiar. 4% contribuem com menos de 10% da renda familiar.
· 37% com até 10 anos de experiência profissional, 35% com experiência de 11 a 20 anos, 28% com mais de 21 anos.



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