quarta-feira, 7 de junho de 2017

Mercado de coaching cresce mais de 300%

Da redação

No Brasil, segundo a International Coach Federation (ICF), o mercado de coaching cresceu mais de 300% nos últimos quatro anos. De acordo com a mesma instituição, o número de coaches brasileiros saltou de 7 mil em 2012 para 25 mil em 2015 – o que representa um crescimento de mais de 30% em apenas três anos.

Os coaches atuam em diversas áreas | Fonte: Shutterstock
Apesar da rápida expansão no País, a profissão de coach continua sem regulamentação. Por isso, é necessário ter cautela ao contratar um desses profissionais. Quem acerta na escolha do coach, porém, consegue obter melhores resultados ao abrir um novo negócio.

Ainda em ascensão no Brasil, esse mercado movimenta US$ 3 bilhões ao ano nos Estados Unidos. A grande maioria das empresas (93%) já aderiu ao serviço de coaching, segundo a Association of Executive Search and Leadership Consultants (AESC).

O coach atua de forma similar a um treinador esportivo, daí a origem do nome (treinador ou instrutor, em inglês). Ele atua para desenvolver as habilidades necessárias e oferece todo o auxílio no desenvolvimento do planejamento estratégico e modelo de negócio e, assim, otimiza o tempo e os custos, o que aumenta as chances de sucesso para o empreendedor.

Com a expansão do coaching nos últimos anos, quem sente que precisa de orientação pode encontrar auxílio para diversos ramos de atividades, veja abaixo. 

Negócios online

O mercado de negócios pela internet é uma área altamente promissora e que vem crescendo de forma significativa no Brasil e no mundo. Uma pesquisa nacional do Sebrae mostrou que 90% das vendas na internet são feitas por micro e pequenas empresas que atuam exclusivamente online – número que mostra a força econômica do setor. O especialista em negócios online Bruno Pinheiro é exemplo disto: sua empresa fatura cerca de R$ 3,5 mi e o objetivo é crescer 80% neste ano.

Para Pinheiro, o "trunfo" para esse modelo de negócio consiste em "vender conhecimento". "A 'matéria-prima' para a produção de cursos, aulas ou e-books está no próprio infoprodutor. Se você tem algo a ensinar, por exemplo, aposte que há pessoas que querem aprender", explica.

Varejo e e-commerce

As vendas do comércio eletrônico no Brasil representam cerca de 3% do total faturado pelo varejo de bens de consumo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Os lojistas que ainda não se adaptaram a nova realidade precisam correr contra o tempo e evitar falhas que causam prejuízos.

"E-commerce é varejo, é venda, é comércio. Isso não é novidade para quem vem do varejo físico, mas muitos empreendedores entram no mercado de e-commerce sem ter experiência em varejo, e precisam aprender a ser comerciantes", comenta Bruno de Oliveira, que é coach em e-commerce.

Com base em sua expertise, ele criou a plataforma Ecommerce na Prática, espaço no qual auxilia outros empreendedores e também oferece cursos e mentoria.

Coaching em nutrição

O coaching em emagrecimento é outro segmento que está em plena expansão no Brasil, e já existem os "coaches" dos coaches- ou seja, profissionais que orientam e dão suporte a outros profissionais da área de nutrição que desejam tornar-se coaches em emagrecimento.

De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), 100 mil profissionais de nutrição atuam no Brasil. Apesar de o interesse crescente dos brasileiros em ter uma vida saudável e um corpo esbelto, a competição no mercado exige algo a mais nos consultórios de nutricionistas e nutrólogos.

A nutricionista Gladia Bernardi é um desses mentores dos coaches, e desenvolveu o método "Emagrecimento Consciente", baseado na neurociência e na programação neurolinguística.

Envolvida há 16 anos com atendimento de clientes obesos, Gladia defende que o maior culpado pela volta do ganho de peso do cliente é o próprio profissional que o atende.

"Um cardápio selecionado e personalizado não garante que o cliente siga em tratamento e tenha resultados expressivos", diz especialista. "É necessário, de fato, trabalhar na raiz do problema, que é a mente". 

Coworking

O coworking é um tipo de negócio que vem despertando o interesse de muitos empreendedores no Brasil e no mundo, mas está enganado quem acha que, para montar um deles, basta disponibilizar cadeiras, mesas e internet em um "imóvel qualquer". O coworking é um negócio como qualquer outro, que precisa de gestão especializada.

Em comparação ao ano anterior, 2016, período marcado pela recessão econômica, apresentou o crescimento de 54% das posições de trabalho em coworking. Segundo essa pesquisa, realizada pelo Movebla e Ekonomio, em parceria com a Coworking Brasil, o número de salas de reunião aumentou 147%. No mesmo período, salas privativas cresceram 588%.

"O investidor precisa ter sensibilidade para escolher o lugar, a decoração e os serviços que serão agregados ao espaço, como segurança, limpeza, telefonia e alimentação", diz Bruna Lofego, que é criadora do método "Como montar um coworking de sucesso", CEO e fundadora da CWK Coworking. Com a experiência adquirida, Bruna atua como coach de quem quer investir no ramo.

Existem poucos cursos de coaching credenciados no Brasil. Quem pensa em entrar nesse mercado precisa, em primeiro lugar, conhecer a área de atuação e, depois, investir tempo e dinheiro em um curso de formação - com aproximadamente 200 horas.




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