segunda-feira, 19 de junho de 2017

Vendas de imóveis novos em abril é maior que em 2016

Em abril, a cidade de São Paulo registrou a venda de 1.212 unidades residenciais novas. A informação é da Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP. O volume é 1,7% inferior ao total vendido em março (1.233 unidades) e 2,5% superior ao resultado de abril de 2016 (1.182 unidades). No acumulado do ano (janeiro a abril), a comercialização totaliza 3.865 unidades, o que representa redução de 4,3% comparado ao mesmo período de 2016, quando foram vendidas 4.038 unidades.





De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), foram lançadas em abril 959 unidades residenciais, volume 38,3% inferior ao registrado em março (1.555 unidades) e 38,0% acima do resultado de abril de 2016 (695 unidades). De janeiro a abril de 2017, os lançamentos totalizaram 2.745 unidades residenciais, aumento de 6,0% em relação ao mesmo período de 2016 (2.589 unidades).

As medidas adotadas pelo governo nos últimos meses, apesar de impactar positivamente na economia, ainda se mostram tímidas para produzir grandes e imediatos resultados. “No entanto, os efeitos da acertada política econômica já podem ser observados no cenário macroeconômico e acreditamos que, gradativamente, estarão refletidos no nosso setor”, diz o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.

Na cidade de São Paulo, verificou-se que as vendas de abril apresentaram ligeira queda de 1,7% em relação ao mês anterior. “Em compensação, houve aumento de 2,5% em relação ao volume comercializado em abril de 2016, demonstrando que o mercado busca se equilibrar. Certamente, essas oscilações serão registradas ao longo do ano”, avalia Celso Petrucci, economista-chefe da entidade.

Em termos de lançamentos, a participação dos imóveis de 3 dormitórios correspondeu a 38,5% entre janeiro e abril. O acumulado no mesmo período do ano passado para essa tipologia ficou abaixo de 10%. Por outro lado, os imóveis de 1 dormitório caíram em participação, de 22% em 2016 para 7% neste ano. Apesar dessas mudanças no perfil, os imóveis de 2 dormitórios continuam soberanos, com quase 45% do total lançado.

De acordo com o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emilio Kallas, o mercado imobiliário tem apresentado os piores resultados da série histórica, e é imprescindível que se retomem os níveis anteriores. “São prementes os ajustes na lei de zoneamento, para possibilitar a viabilização de novos empreendimentos e estimular a movimentação da economia e a geração de empregos”, afirma.

Empresários do setor estão otimistas com a evolução de queda dos juros e acreditam que, quando atingirem a casa de um dígito, haverá reflexos importantes no setor imobiliário. Investidores do mercado financeiro, por exemplo, encontrarão boas oportunidades no mercado de imóveis residenciais e comerciais, que estão com preços estabilizados ou em queda há pelo menos três anos.

“Adicionalmente, a redução na taxa Selic impacta e reduz os juros do crédito imobiliário, o que facilita a compra de imóveis, uma vez que as prestações ficarão mais baixas, bem como serão menores as exigências de comprovação de renda pelos bancos”, diz Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP.

“Outra boa notícia, que poderá tornar todo esse movimento consistente, é a continuidade do crescimento do saldo da poupança que, no mês de maio, pela primeira vez, teve volume de entrada maior que o de saída”, conclui Flavio Amary.

VGV 
Em abril, o VGV (Valor Global de Vendas) de R$ 709,3 milhões ficou 4,0% abaixo do volume registrado em março (R$ 738,5 milhões comercializados) e 26,0% acima do apurado em abril de 2016 (R$ 563,1 milhões) – valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) de abril de 2017.

VSO
O indicador VSO (Vendas sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, foi de 5,1% no mês de abril, apresentando estabilidade em relação a março e alta de 13,3% comparado a abril de 2016 (4,5%).

Oferta de imóveis novos – A capital paulista encerrou o mês de abril de 2017 com a oferta de 22.528 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (maio de 2014 a abril de 2017). Houve redução de 2,7% em relação a março (23.142 unidades) e queda de 9,7% em comparação a abril de 2016 (24.961 unidades).

Dormitórios 
Os imóveis de 2 dormitórios lideraram lançamentos e vendas, com 447 e 536 unidades, respectivamente. O desempenho de 5,9% de comercialização de imóveis de 3 dormitórios foi o melhor e resultou das vendas de 329 unidades divididas pela oferta de 5.588 unidades. A menor quantidade de oferta final foi dos imóveis de 4 dormitórios, com 1.360 unidades disponíveis para venda.

Área útil 
Imóveis com menos de 45 m² de área útil apresentaram o maior volume de vendas (493 unidades) e de lançamentos (542 unidades). O melhor VSO (7,9%), resultado da venda de 221 unidades em relação à oferta de 2.797 unidades, foi dos imóveis com área útil entre 86 m² e 130 m². Na oferta de imóveis para venda, a maior participação (8.261 unidades) ficou com a faixa de 45 m² a 65 m², que corresponde a 36,7% do total.

Faixa de preço 
Os imóveis com preços de até R$ 240.000 lideraram os lançamentos e as vendas, respectivamente, com 480 e 437 unidades, obtendo, desta forma, o melhor VSO (17,2%). Na faixa de preço de R$ 240.001 a R$ 500.000, foi registrada a maior quantidade de oferta disponível para venda (9.995 unidades), equivalente a 44,4% do total da cidade de São Paulo.

Zonas da cidade
A análise por zonas da cidade mostra que, em abril, a região do Centro liderou em quase todos os indicadores, com a maior quantidade de lançamentos (646 unidades) e vendas (406 unidades), além do melhor VSO (9,1%). O maior volume de imóveis ofertados estava localizado na zona Sul, com 6.310 unidades, o que equivale a 28% do total.


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